Lançamento da Coleta Seletiva será no dia 31 de agosto

São Borja dá um importante passo para a implantação da coleta seletiva no município. Buscando o apoio da comunidade, instituições de ensino, clubes de serviço, entidades civis e governamentais e catadores de resíduos sólidos, a administração municipal reuniu representantes de vários setores da sociedade para participar do lançamento do Projeto “Transformar – Cuidando para o futuro”, lançado nesta terça-feira (21/08).

A coleta seletiva no município é uma das ações do projeto “Transformar – Cuidando para o futuro”. A Administração Municipal, por meio do Projeto Transformar, pretende fomentar várias ações sustentáveis em prol meio ambiente. A explanação do projeto se deu pelo prefeito em exercício Roque Feltrin que abriu a apresentação falando do antigo lixão do município. Feltrin explicou que o município recebeu multas da Fepam em decorrência da situação do lixão nos anos de 2015 e 2016. A estimativa é que para retirar todo o lixo do local o município leve cerca de 30 anos.

Além do passivo ambiental, hoje o lixão não recebe mais material e o destino do lixo passou a ser um aterro sanitário controlado em Giruá, município distante a mais de 200 km. No levantamento, Roque Feltrin mostrou que o município gasta mais de R$ 400 mil ao mês e R$ 4,2 milhões ao ano para tratar do lixo. Feltrin explicou que para pagar essa conta, além dos R$ 2,3 milhões previstos da taxa do lixo, a Prefeitura terá que completar com mais R$ 1, 8 milhão decorrentes de recursos livres que poderiam ser empregados em outras ações como saúde, educação e infraestrutura.

O projeto “Transformar – Cuidando para o futuro” tem o objetivo de despertar na comunidade a responsabilidade e o interesse por ações sustentáveis, fundamentado na política dos três “R”: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. O prefeito em exercício marcou a data de 31 de agosto para o início da coleta seletiva no município, apontando também a importância do momento para São Borja. Além disso, serão elaboradas a curto emédio prazo outras ações integradas como compostagem, viveiro, horta municipal, ações de educação ambiental e matriz energética, todas dentro do Projeto Transformar.

O tema central do encontro foi a coleta seletiva, o sistema funcionará em um primeiro momento, com caminhões e empregados cedidos pela empresa Eco Verde até o final do ano, possivelmente em dias diferentes da coleta normal. O material recolhido será levado para o Centro de Coleta Seletiva, localizado no Giama, na Vila Ernesto Dornelles. A expectativa é que 20 trabalhadores possam usufruir do local, tendo as condições necessárias para realizar o serviço e ter uma renda digna. Futuramente a Prefeitura estará buscando parcerias para também implantar o centro de triagem, um espaço diferente, no atual lixão, destinado para separação dos materiais que não passarão pela coleta seletiva e podem ser aproveitados para reciclagem gerando renda às famílias que estão naquele local.

O secretário de Meio Ambiente, Fábio Fronza, ressaltou que esse momento representa uma transformação da cultura do município e que é necessária a participação da comunidade, pois, com a novidade, os moradores do município terão a responsabilidade de separar o lixo em suas residências e retirar nos dias certos.

O município irá promover diversas ações de educação ambiental que visam ensinar e conscientizar a comunidade sobre sustentabilidade. Em paralelo, o Secretário de Educação, João Carlos Reolon, informou que a Secretaria de Educação em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente, Unipampa, UERGS e IFFar já estão desenvolvendo estratégias com alunos e professores para estimular atividades prol meio ambiente.

O secretário de Infraestrutura e Serviços Urbanos, Edson Damião Ribas, explicou que São Borja produz diariamente 40 toneladas de lixo e entende que a coleta seletiva é um passo importante dado pela administração municipal. Ele acredita que por meio da ação, uma quantidade considerável de resíduos será enviado à reciclagem e assim diminuirá o volume de lixo enviado para Giruá. O secretário Fábio Fronza acredita que a partir do momento em que a coleta seletiva for implantada no município e a comunidade entender o processo, estima-se que até 10% dos resíduos produzidos no município poderão passar pelo Centro de Coleta Seletiva.

 

Fonte: DECOM

Imagem: Lucas Carvalho